Saúde Financeira Também É Importante

Estar desempregado ou endividado é uma condição que colabora, e muito, para a deterioração da saúde. As pessoas que passam por essa condição geralmente estão estressadas, ansiosas, deprimidas e com problemas para dormir.

O grau de endividamento no Brasil é muito alto. O número de famílias endividadas em julho de 2019 era de 64,1%, ou seja, mais da metade das famílias brasileiras estavam endividadas. Isso acaba repercutindo muito na saúde das famílias e das pessoas. Por isso, é importante que o profissional de saúde que está atendendo pessoas com estresse, ansiedade e problemas para dormir pergunte se ela está passando por uma situação financeira difícil, se ela está sem emprego ou se está com dívidas. Isso costuma tirar o sono e a saúde mental das pessoas. É importante que se saiba a origem do problema das pessoas, porque isso facilita a resolução do problema. Só tomar remédios e não pensar numa saída sensata para o problema, só vai fazer a situação se agravar.

O que se pode fazer para aliviar essa situação? Basicamente, a pessoa precisa ter noções básicas sobre finanças. O brasileiro, de modo geral, entende muito pouco de finanças. Muitos brasileiros, por exemplo, guardam o seu dinheiro na poupança, uma das piores maneiras de se guardar o dinheiro, cujo rendimento é quase igual ao índice da inflação. Ele precisa aprender e conhecer sobre maneiras mais sábias de guardar os recursos. Uma das mais simples é o tesouro direto. Não pretendo aqui explicar com detalhes essas opções e sugiro ao leitor que busque mais conhecimentos nessa área.

Outro erro grave que as pessoas cometem em suas vidas é viver uma vida diferente do que elas são capazes de manter. Elas têm hábitos de consumo incompatíveis com a renda delas. Elas adquirem uma televisão ou outros bens, por exemplo, através da contração de dívidas, porque comprar algo à prestação nada mais é do que contrair uma dívida de forma voluntária, pagando juros altíssimos. Você pode argumentar que a televisão é algo necessário e útil para a sua família. Tudo bem se esse é o seu entendimento, mas não precisa ser uma televisão de último tipo ou cheia de recursos de última geração. Outra fonte de endividamento são as compras compulsivas, tipo aquelas compras intermináveis de sapatos ou blusas que vão lá pro fundo do armário. Enfim, o brasileiro precisa aprender a viver de acordo com a própria renda e não de acordo com a renda dos colegas, vizinhos e parentes. Um recado: não tente parecer quem você não é.

Bom, o que se faz quando já se está endividado? Em primeiro lugar, tentar negociar. Verificar qual a possibilidade de desconto ou de parcelamento. Além disso, deve-se colocar todos os gastos no papel e analisar o que pode ser cortado. Comer fora? O cineminha? A roupa bonita que chamou a atenção? Para finalizar, deve-se buscar outras fontes de renda, pensar em empreender ou vender algo, nem que seja nos feriados e nos finais de semana. Ficar lamentando e buscando culpados não vai adiantar nada. É hora de arregaçar as mangas e colocar a mão na massa.

Referências:

Valor Econômico. Endividamento das famílias é o maior em 3 anos.

Disponível em:

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/08/05/endividamento-das-familias-e-o-maior-em-3-anos.ghtml

Grande Abraço e uma Excelente Saúde a Todos,

Dr. Charles Genehr – CREMERS 26.509 – CREMESP 185.764

Nota: Esses artigos são apenas para sua informação. Nenhum conselho é dado ou pretendido por esses artigos. Você deve consultar seu médico antes de fazer qualquer alteração em sua vida que possa afetar sua saúde.